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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a acusar a receção do aviso real de 4 de Abril, com um requerimento do brigadeiro, João Francisco Neves, comandante do Regimento de Infantaria de linha de Luanda, no qual pede a concessão de um ano de licença, para vir à Côrte tratar da sua saúde e de outras dependências; informa que não o tem ouvido queixar da sua saúde e quanto às dependências, mudaram muito de figura, devido ao falecimento da sua mulher que se encontrava na Côrte; informa que pelo seu ajudante de ordens que enviou à Côrte, quando da Aclamação de S.M., ordenou que fizesse ver ao anterior secretário de estado, que julgava útil ao real serviço que o brigadeiro aqui permanecesse, pois ele cumpre os seus deveres e os soldados do seu regimento, na maior parte facínoras, têm-lhe afeição, circunstãncia muito vantajosa para o serviço e para quem os comanda; participa que o brigadeiro foi promovido à efetividade do seu posto no dia 6 de Fevereiro e considera que apesar de estar servindo aqui há mais de 7 anos, ficará contente servindo mais alguns, fazendo-lhe S.M. a mercê a que ele aspira, de o mandar agregar à Brigada Real da Marinha, corporação em que ele serviu desde a sua criação até ao momento de vir para Angola, motivos, que aliados à sua atividade e inteligência no serviço militar, sendo ornado de muita subordinação e mostrando grande prazer no desempenho do serviço, o levam a declarar que é favorável às suas pretensões, pois as considera justas. See original record