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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a acusar a receção do aviso real de 27 de Julho, em resposta aos seus ofícios de 20 de Janeiro e de 2 de Março de 1817, relativos às noções que tinha comunicado ao anterior secretário de estado, respeitantes à obra do Canal do Rio Cuanza; exprime a sua satisfação quando se concluem obras públicas que concorrem para o desenvolvimento e bem estar dos povos; dá conta da necessidade de se analisar meticulosamente as possibilidades de execução de tais obras; informa que a obra do Canal do Cuanza, começou aceleradamente, tendo faltado sólidas razões para tal, o que resultou na impossibilidade da sua conclusão; refere que os peritos que requisitou da Côrte para análise da obra, nunca vieram; faz uma longa exposição das suas reflexões suplementares, divididas em 8 capítulos; considera que as demonstrações geométricas são infalíveis, quando as hipóteses ou os dados em que se fundam são verdadeiros e ficam nulas, quando são fundadas sobre princípios falsos, como sucedeu neste caso; nota final: a obra do canal foi principiada em 4 de Maio de 1813 e suspensa em 12 de Agosto de 1816, tendo-se gasto a quantia de 7 contos, 202 mil e 998 réis, além de outras muitas despesas que se fizeram pelo Real Trem.
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