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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomás António de Vila Nova Portugal, a informar um requerimento de Francisco António Rodrigues, que se queixa do físico-mor de Angola; quanto ao caráter do físico-mor, afirma com toda a franqueza, que não tem razão alguma, pois o mesmo tem dado em todos os seus procedimentos provas de ser um homem de bem; quanto aos monopólios que o mesmo fizera em Moçambique, considera falsa a acusação, porque o físico-mor é um homem comedido e é manifesto que não tem fundos excedentes das suas diminutas e diárias despesas; quanto à extinção da sua Botica, é tudo falso, encontrando-se o dito Francisco António Rodrigues pronunciado judicialmente e preso na cadeia pública, por ter cometido um grande esbulho em casa de uma mulher, tendo lá ido de propósito dar-lhe uma carga de pancada, arrastando-a depois para sua casa, onde a teve em cárcere privado, tendo a sua Botica e todos os seus bens embargados pelo seu principal credor, o negociante desta praça, Manuel da Rocha Pinto, bens que não chegam para pagar a dívida total; informa que este homem é dos mais perversos que tem notícia e pelos seus procedimentos foi sentenciado a degredo perpétuo para Benguela. See original record