OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], sobre a extração do ferro; informa que o capitão-mor residente no lugar de Trombeta, informou-o da grande decadência do lugar, devido à deserção dos pretos lá empregados, ou por não haver vigilância suficiente ou por repugnância a trabalhos penosos e regulares, devendo estarem 240 indivíduos, segundo o plano estabelecido e só restando 124; idem para a mineração de Massangano; o capitão-mor de Massangano foi visitar a projetada Fábrica de Nova Oeiras, causando lástima o estado em que se encontra, sabendo-se que a Fazenda Real ali dispendeu um imenso cabedal sem tirar proveito, a tal ponto que o edifício está abandonado e arruinado; ordenou ao capitão-mor que fizesse arrecadar alguns instrumentos e porções de ferro, que ainda se podem aproveitar, a fim de serem remetidos para Luanda; informa que nos armazéns reais, existem 2470 barras de ferro, com 340 e meia arrobas, que não foram enviadas por falta de embarcações próprias, sendo que o ferro padece de grave dano, nas que transportam escravos.