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OFÍCIO do padre Joaquim de Santa Clara, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a considerar que o padre Frei Bernardo Maria de Canecatim, com a publicação do seu dicionário de língua Bunda ou Angolense, fez um verdadeiro serviço à Religião e ao Estado, o qual será útil e necessário, não só às pessoas empregadas no governo político, militar e eclesiástico, mas também aos negociantes portugueses e ainda muito mais aos missionários encarregues da conversão e instrução da gente inculta e miserável que habita estes vastos domínios; faz uma análise técnica da língua; o autor promete publicar uma Coleção de Observações Gramaticais, sobre a mesma língua; refere a importância para as outras línguas e nações, das duas "Artes de Gramática da Língua do Brasil", uma composta pelo padre José de Anchieta e impressa em Coimbra em 1595 e outra pelo padre Luís Figueira, impressa em Lisboa em 1687; também a da língua canarina, pelo padre Toméas Esteves, impressa no Colégio dos Jesuítas de Rachol em 1632; considera que seria importante a impressão de um breve Catecismo na língua Bunda, e que não basta que haja uma gramática, um dicionário e um catecismo nesta língua, também é preciso pessoas que a ensinem e quem a queira aprender. See original record