OFÍCIO do governador de Benguela, Pedro José Correia de Quevedo Homem e Magalhães, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o estado lastimoso da provedoria, os conflitos com o juiz de fora e as suas consequências no comércio de escravos e do marfim, na falta de reconhecimento da sua autoridade perante os subalternos, as intrigas e calúnias que este fazia chegar ao governo de Luanda e ao Reino, a proposta da sua substituição pelo tenente-coronel e engenheiro [Luís Cândido Cordeiro Pinheiro Furtado], e o envio de documentos para atestar a defesa; referindo a suspensão dos seus soldos em 1786, remetendo uma folha de pagamentos para esclarecimentos da sua remuneração; solicitando a sua substituição e ordem para se lhe tirar residência, assim como a substituição do juiz de fora por ser conflituante e recusar as suas ordens para visitar os navios franceses que acostavam o porto de Benguela; queixando-se da falta de meios para a defesa da costa e evitar o contrabando.