OFÍCIO do juiz de fora interino de Benguela, Jerónimo Caetano de Barros Araújo e Beça ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o seu ofício acerca do contrabando de Sebastião Gil Vaz Lobo, em 1787, desejando saber se deveria continuar as averiguações desse caso e ao do governador Francisco Paim da Câmara [e Ornelas]; referindo que o governador o ofendera pessoal e profissionalmente, mas que começara por aliciá-lo com prendas e suborno e ao saber da devassa agira com alguma moderação, para depois passar aos insultos, ameaças e violências; descrevendo a incúria com que o governador ignorou a falta de sal nos armazéns, situação relatada pelo administrador do estanque do sal, Joaquim José de Andrade, para Catumbela; reiterando que o governador desviava para serviços seus operários do laboratório da Real Fábrica de Telha e Tijolo, atrasando e desfalcando as mesmas.