OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Manuel de Almeida e Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre as notícias que dera do estado em que chegaram os religiosos barbadinhos italianos, frei Pedro Burgossesia, frei Dionísio de Monte Regali, frei Fidélis de Pistório, frei Cristóvão de Riolo e frei Celestino de Florencia, que vinham como missionários para o reino do Congo, e de como procedera em virtude dos religiosos chegarem doentes e sem víveres ao ducado do Bamba; explicando que os religiosos regressaram num estado deplorável ao hospício [em Luanda], e ele signatário escrevera ao rei D. Aleixo do Congo; informando que D. Aleixo morrera e fora difícil ao missionário que lá vivia convencer o novo rei, D. Joaquim, a juntar-se à Igreja, mas que tinham esperanças no seu sucessor, o príncipe do Congo e senhor do Quibongo; referindo a falta de religiosos naquelas regiões, a miséria em que viviam aquelas gentes e o escasso comércio que praticavam; informando que dera licença aos padres missionários frei Dionísio, frei Fidélis e ao leigo frei Cristóvão para passarem aos conventos da América, em virtude da sua saúde e idade.