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OFÍCIO do governador de Benguela, António José Pimentel Castro de Mesquita ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro sobre o seu estado de saúde e do não envio de notícias; informando a situação política, económica e social daquela capitania; referindo que a tropa não tinha qualquer preparação, que a fortaleza necessitava de reparação dado o estado de degradação em que se encontrava; alertando para a rebeldia dos gentios, que não acatavam ordens do governador, do papel do soba e seus macotas na resolução de conflitos, nas pequenas guerras que estalavam entre potentados africanos, alertando que muitos desses conflitos eram instigados por portugueses que habitavam os sobados, referindo também a existência de muita pólvora e armas; sobre o comércio de escravos, marfim e cera que vinha do Humbe, região de um dos sobas não avassalados, mais ricos e poderosos; das dificuldades dos pombeiros passar pelas suas terras; das tentativas que estava a desenvolver para o tornar vassalo; propondo a construção de uma casa de negócio para desenvolver o comércio com os africanos e a entrada de mais fazendas; mencionando a presença dos degredados e o seu convívio com os africanos; solicitando autorização para o pagamento dos 100 mil réis para custear a renda da sua casa. See original record