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OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. António de Lencastre, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o funcionamento da fábrica de ferro, comunicando com factos e provas a pouca importância do ferro descoberto; remetendo em anexo documentos que corroboravam esta evidência, concluindo que a fábrica constituía um prejuízo para o Erário Régio, uma vez que os custos financeiros da sua construção, as perdas humanos dos trabalhadores europeus e africanos dificilmente seriam cobertos com a produção de ferro, como provavam os parcos resultados de ferro que resultara, depois de testados os dois métodos de fundição de ferro (o biscainho e o francês); informando que os testes revelaram que existiam muito pouco ferro das amostras trazidas das minas e que para se extrair uma pequena quantidade de ferro fundido era necessário uma grande quantidade de lenha para fazer funcionar os fornos, resultando num gasto superior ao ferro produzido: Doc. Letra A: Relação das despesas com os fundidores, assinada pelo capitão de Infantaria e adjunto das obras reais, João Garcês de Sousa; Doc. Letra B: Cálculo da despesa do trabalho de seis fundidores e seus tocadores de foles, africanos, que mandou fazer o intendente geral Joaquim de Beça Teixeira perante o capitão inspector José Francisco Pacheco ordenado pelo signatário; doc. Letra C: oficio do signatário e declaração dos oficiais engenheiros Luís Cordeiro Pinheiro Furtado e João Pedro Migueis atestando a veracidade das experiências realizadas; Doc. Letra D: Relação da conta feita com a construção da fábrica de Ferro de Nova Oeiras desde Janeiro de 1766 até 24 de Maio de 1773; Doc. Letra E: Atestação do capitão e inspector José Francisco Pacheco sobre os custos que importaram a fundição dos 150 quintais de ferro remetidos pelo anterior governador (Sousa Coutinho) ao Reino; doc. Letra F: Relação da conta feita com a construção da fábrica de Ferro de Nova Oeiras desde Janeiro de 1766 até 24 de Maio de 1773, assinada por José Valentim Duarte; Doc. Letra G: Atestação do capitão e inspector José Francisco Pacheco sobre os vexames e opressões a que estavam sujeitos os povos da região assim como o consequente elevado número de deserções.
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