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OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. António de Lencastre, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o estado das fortificações do reino de Angola; Benguela: a fortaleza encontrava-se em construção e dada a dimensão da mesma necessitava de uma guarnição correspondente à sua dimensão (gentes e artilharia) e importância comercial e de defesa; Luanda: 3 fortalezas principais (São Miguel, São Francisco do Penedo e São) que se encontravam bem guarnecidas, necessitando a segunda de pequenas reparações, para além de outros dois redutos instalados longo da barra de Luanda; sobre os presídios do sertão: considerava o presídio de Encoge de pouca importância estratégica, servindo apenas para impedir e defender da passagem das fazendas para o Reino da Rainha Ginga e Cassanje pelos contrabandistas que seguiam para o Loango, aconselhando o seu encerramento; assim como dos presídios de Ambaca e Pedras por considerar que faziam pouca falta e constituírem despesas inúteis para o Erário Régio; referindo que as fortificações construídas nos principais portos da costa seriam mas eficazes na defesa e segurança do Reino de Angola; sobre os presídios das margens do rio Quanza: Muxima, Massangano e Cambambe, destes os mais importantes do ponto de vista da defesa eram os de Muxima e Cambambe, sobretudo contra os povos de Quissanda, referindo que estes presídios eram guarnecidos por tropas naturais de Angola e que necessitavam de aumentar a guarnição de tropas do Reino, de artilharia e munições; destacando a importância do presídio de Caconda que protegia os negociantes que andavam por aqueles matos e os homens estabelecidos naqueles sítios como moradores.
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