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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, António Pusich, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], sobre a anterior proposta para transferir desta ilha, cujo clima é pestífero, a residência deste governo e o centro da administração desta capitania, para uma das ilhas de Santo Antão ou São Nicolau que são sadias, tendo sido admitida a necessidade da mudança da capital, seria a ilha de São Vicente, a escolhida; remete o parecer que a Junta da Fazenda Real, emitiu sobre o assunto; faz algumas reflexões sobre este objecto, a saber: a ilha de São Vicente tem a vantagem de um excelente porto e o único seguro de todo o arquipélago, mas sendo quase despovoada e em estado bruto, precisa de uma considerável despesa, tanto para a sua fortificação, como para os novos edifícios; quanto à ilha de São Nicolau, pela sua situação, precisa de menos fortificação e nela se acha uma boa igreja, feita pelo último Bispo e que poderia servir de catedral; também se acham as casas da residência episcopal, que precisam de algum conserto, e alguns edifícios de particulares; conclusão: as despesas com a segunda seriam muito mais diminutas do que com a primeira; povoamento da ilha de São Vicente; os cofres da capitania encontram-se exauridos; pedem-se instruções sobre a possível mudança; em caso de se manter nesta ilha, a residência do governo, é de absoluta necessidade enviar-se para aqui, um bom médico; para melhorar o clima pestífero desta ilha, mandou plantar plantas e arvoredos por todos os arredores, cultivarem-se as terras circunvizinhas e abrirem-se valados para não haverem águas estagnadas no tempo das chuvas. See original record