OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Caetano Procópio Godinho de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde de Basto [José António de Oliveira Leite de Barros] a acusar a recepção do aviso Nº 21 de 18 de Junho de 1828, a comunicar-lhe, que tendo sido presente a S. M., a representação da Junta da Administração e Arrecadação da Fazenda Real de Cabo Verde, sobre o estado miserável em que se acham estas ilhas, pela falta de meios para satisfazer as suas despesas, S. M. determinou que a Junta sacasse sobre o Erário Régio, letras até à quantia de 6 contos de réis; informa, que em caso extremo, está autorizado a fazer um saque sobre o inspector do Arsenal Real da Marinha, que não exceda 8 contos de réis; informa que tem dado o devido cumprimento às referidas ordens régias e remete uma conta demonstrativa da aplicação que tiveram os 14 contos de réis, realizados em saques de letras sobre o Erário Régio e o conselheiro inspector do Arsenal Real da Marinha da Corte; pede a expedição das ordens necessárias, para que todas as letras sejam pagas, como exige o real crédito donde emanaram; pede mais socorros para a capitania, pois que ainda subsistem 14 meses de dívidas a todos os filhos das folhas civil e militar, e nada fica no cofre da respectiva Tesouraria.