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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, coronel, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Inácio da Costa Quintela, a participar o envio para o Reino de 3 presos de Estado, cabeças dos levantados da Ribeira do Engenho, assim como de 2 marujos e do mestre da sumaca Sinceridade, que foi condenada neste porto; foi ordenado à escuna artilheira que se encontra ao serviço da província, que seguisse viagem para Lisboa, levando a bordo parte dos prisioneiros e comboiando o iate Santa Ana com os restantes; nos meses de Agosto a Outubro, devido aos tempestuosos ventos do Sul, não há um só ancoradouro capaz e seguro para qualquer embarcação, à excepção do porto da ilha de São Vicente, por isso, a escuna artilheira sendo uma embarcação muito pesada, pouco veleira, não pode acostar nestas ilhas, porque se perderia, o que já esteve muito perto de acontecer; quando foi necessário enviar a dita escuna, às ilhas do Maio, Boavista, São Nicolau, São Vicente e Santo Antão, onde só se demorava na entrega de ofícios e no recebimento de dinheiro dos feitores da Fazenda, demorou na ida e volta mês e meio; por aqui se vê, a sua incapacidade para o serviço da província; sendo assim, pede que se envie outra embarcação mais capaz e menos dispendiosa para o serviço e no caso de ainda não ter sido possível atender favorávelmente uma sua representação anterior, pedindo o envio de uma embarcação de guerra, que a mesma escuna volte, para a correspondência tão necessária entre estas ilhas. See original record