OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Marcelino António Basto, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre: chegada da fragata britânica O Amphião, comandada por Bennet, que vindo comboiando 10 navios, um furacão os separou perto da ilha da Boavista; foram dados todos os suprimentos em dinheiro que pediu, em nome do seu soberano; idem, relativamente ao comandante da nau inglesa O Diomede, Carlos Elphinstone, que fundeou neste porto com um navio de transporte conduzindo tropas e petrechos para o Cabo da Boa Esperança, tendo apresado o bergantim da Corunha Nossa Senhora do Carmo, que seguia para Buenos Aires carregado de vinhos e fazendas; apresou também aos franceses, um paquebote americano Três Irmãos, que voltava a Nova Iorque proveniente de Hamburgo, apresado pelo corsário francês O Impaciente e outra galera da mesma nação; pedido para receber e sustentar, à conta do seu soberano, dos prisioneiros espanhóis e franceses, por serem numerosos; estes com a máxima ingratidão, tramaram apoderar-se de noite de um bergantim português da ilha da Madeira, que aqui se achava, para se evadirem desta ilha; tendo sido descobertos, foi ordenado a sua separação em diferentes partes da ilha, para frustrar os seus intentos; frete ao sargento-mor, Manuel António Martins de uma escuna, para transportar os espanhóis à corte; um extracto dos ofícios nºs 7 a 35, que se acham prontos a serem remetidos; acham-se prontos os gados e preparadas as salgas; colheita dos milhos e excelentes sementeiras; extracção do salitre numa mina da ilha Brava; encontram-se prontas, sacas de sene e 3 navios carregados de urzela, para enviar; notícias da ilha de São Vicente e da ilha de Santa Luzia; pedido do envio de casais dos Açores para o povoamento; pedido de envio de barris de alçapão, para a condução dos tamarindos e canafistula.