OFÍCIO do ouvidor-geral de Cabo Verde de Cabo Verde, João Gomes Ferreira ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro] participando, por considerar ser juiz incompetente, sem jurisdição no território da Guiné para efeitos de julgar e sentenciar nos crimes, ter remetido para o Juízo da Conservatória da Companhia Geral de Grão Pará e Maranhão na cidade de Lisboa, a causa de justificação e seus apensos que lhe enviara o governador de Bissau e relativos ao processo de tomadia e sequestro que se fez, a 2 de Julho de 1774, naquele porto, a requerimento do administrador da Companhia de Grão Pará e Maranhão daquela povoação, [Felipe Damásio de Aguiar], de uma escuna e chalupa chegadas da Serra Leoa, dos seus pertences, bem como das fazendas inglesas que transportavam a bordo, propriedade do capitão cabo da povoação de Geba, António Fernandes Martins, e uma pipa de aguardente pertencente ao hospício dos padres de São Francisco de Cacheu, da prisão dos réus, capitão da escuna, António Brito do Lago, o ajudante e capitão da chalupa, André Mendes, e seu ajudante e piloto Tomé Rodrigues, e uma justificação desses contrabandos, feita pelo referido administrador, citando os três presos e o capitão de Geba.