OFÍCIO do governador das ilhas de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro informando sobre as cartas que tinha escrito e enviado na corveta São Francisco Xavier do mestre Manuel da Silva Tomás; do regresso do ouvidor-geral [João Gomes Ferreira], da correição às ilhas do Barlavento, indicando não ter procedido a mesma, na ilha de Santo Antão, devido às fomes e doenças que grassavam aquela ilha; dá conta, em particular, das infinitas desordens, vexações, abusos, usura e contrabandos com gravíssimos prejuízos que os administradores da Companhia Geral do Grão Pará e [Maranhão] têm praticado nas ilhas, indicando sobretudo os maus procedimentos, de que resultaram serem indiciados e pronunciados em devassas, do segundo administrador daquela instituição, Manuel José Vicente, do administrador da ilha da Boavista, Joaquim José Oliveira e do administrador da ilha de santo Antão, António Pedro [da Costa]; sobre o milho que envia para ser distribuído como esmola na ilha de Santo Antão; informa sobre a epidemia do sarampo que tem contagiado as ilhas de São Nicolau, Boavista, Fogo e Brava; e sobre o atraso no envio da plantas das ilhas cuja incumbência tinha dado ao engenheiro António Carlos Andreis.