CARTA do capitão e sargento-mor da ilha do Fogo, Caetano de Melo e Albuquerque, ao rei [D. João V] queixando-se do descaso com que o trataram os juízes, Felipe Correia da Silva e Leão de Barros [de Andrade] e mais oficiais e vereadores da Câmara, como sendo o capitão de Infantaria, Luís Rodrigues Jurge, o capitão de cavalos, Luís de Souto Amado e o procurador, Fernando Rodrigues Dornalho, que não o integraram na comitiva que levava vara e bandeira, conforme era obrigação e política seguida na ilha, por ocasião das cerimónias e festejos reais realizados na igreja matriz; dando conta e advertindo sobre os procedimentos desses oficiais, da sua parceria na Câmara, do facto de serem todos parentes próximos, nomeando-se uns aos outros, do seu envolvimento nos levantamentos ocorridos naquela ilha e sobre serem todos oficiais providos sem confirmação ou cartas de usança pelo ouvidor, Inocêncio Álvares da Silva, pelo que era necessário tomar-se providências.