CONSULTA do Conselho Ultramarino ao rei [D. João V] com informação e parecer do desembargador e antigo ouvidor geral de Cabo Verde, José da Costa Ribeiro, sobre carta do governador das ilhas de Cabo Verde, João Zuzarte de Santa Maria, datada de 15 de Janeiro, dando conta da notícia que tivera, após tomada de posse, da grande mortandade que assolava a ilha de Santo Antão, e aviso que fizera ao seu capitão-mor, Francisco de Lima Melo, para pronunciar sobre a condição da terra, de modo a procurar solução e prevenção de contágio nas outras ilhas; informando que o dito capitão-mor tinha-se assenhoreado da ilha de S. Vicente e suas praias por considerar que compreendiam as doações do donatário da ilha de Santo Antão, o [marquês de Gouveia, D. José Mascarenhas]; e propondo que era preciso averiguar-se quem entre eles, o governador ou o vigário daquela ilha, podia nomear meirinho eclesiástico, por este ter nomeado, para aquele ofício, Timóteo Sanches, com quem o capitão-mor tinha correspondência através de um irlandês chamado Conel, ali morador, para fazer o contrato da urzela e venda de escravos aos estrangeiros.