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CARTA do [capitão-mor da ilha do Príncipe], António Marques de Vale Silva e Correia, sobre ter ido à ilha de São Tomé quando viera da Bahia e ficado a saber da morte do Bispo governador D. frei Luís da Conceição, da sublevação dos negros forros, da expulsão da Câmara do governo, da fuga de muitos moradores principais, dos desmandos do ouvidor ou juiz do povo Paulo de Abreu Mendes e do governador, coronel Francisco de Alva Brandão; afirmando que a rebelião começara após a morte do governador António Ferrão Castelo Branco mas falhara porque o coronel não tinha o apoio de tantos negros; afirmando que estes tomaram fortalezas, roubaram e destruíram as casas dos moradores principais, matando alguns e negando-lhes os sacramentos; explicando que fizera juramento ao intruso para não ir contra o estilo, apesar do Senado da Câmara da ilha do Príncipe ter posto dúvidas; dando conta que o Príncipe estava em sossego e que São Tomé precisava de um governador porque não havia obediência ou lei; referindo o sequestro da ilha de Ano Bom para a Fazenda Real, por ordem do Bispo governador, remetendo para lá um religioso missionário agostinho que regressou pouco depois, havendo quem dissesse que a culpa fora do missionário capuchinho que lá estava; pedindo gente para os presídios, podendo ser pedreiros, carpinteiros, serralheiros e armeiros. See original record