CARTA do [governador da ilha de São Tomé], D. José Caetano Souto Maior, ao rei [D. João V] sobre a teimosia e o despotismo do ouvidor António Pedro Soveral e o almoxarife e feitor João Francisco de Almeida usar o dinheiro da Fazenda Real como um mercador, comprando fazendas à alfândega e vendendo-as a altos preços aos soldados da fortaleza e aos filhos da folha; afirmando que João Francisco de Almeida tivera maus procedimentos quando servira na Bahia e na ilha do Príncipe e que tendo terminado o triénio devia ser desprovido e os ofícios separados, porque não era certo o provedor da Fazenda ser o almoxarife, principalmente porque tinha o auxílio do ouvidor, que vivia em sua casa; solicitando para prover os ditos ofícios em quem julgasse conveniente e pedindo para ser substituído, porque não sabia lidar com as desobediências do ouvidor sem provocar desordens.