CARTA do ouvidor-geral e provedor da Fazenda Real de São Tomé, João Coelho de Sousa, ao rei [D. João V] sobre as dívidas antigas à Fazenda Real, referindo o caso dos devedores João da Mata e Silva, Rodrigo Lopes Gago e António Franco; explicando que o fiador de João da Mata pedira escusa da fiança ou execução do devedor, pelo que o signatário mandou o provedor da terra, Manuel Raposo de Brito, inventariar os bens do devedor, descobrindo que tinha boas casas, três fazendas, duzentos escravos moleques e molecas, sem contar os velhos e aleijados, e que a sua filha, viúva de João Golar, tinha muitos bens, pelo que decidiu desobrigar o fiador porque entendeu que este se queria vingar do devedor, mas a dívida estava segura.