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CONSULTA do Conselho Ultramarino ao rei D. Pedro II sobre cartas do governador de Cabo Verde, D. António Salgado, com informações do capitão-mor de Cacheu, Santos Vidigal Castanho, acerca do estado da Guiné e da tentativa dos franceses de construírem uma fortaleza no ilhéu de Bissau; sobre o que indicava aquele capitão-mor, dos meios para frustrar o plano dos franceses e impedir os muitos negócios que os moradores faziam desde Bissau ao rio Geba com os estrangeiros; das referências que dava da devassa Manuel Mendes Ramos e sobre as imprudências cometidas pelo falecido capitão-mor de Cacheu, José Pinheiro; informando, com base nas certidões da Fazenda Real de Bissau, dos rendimentos da Alfândega e despesas que se tinham feito para o pagamento dos soldados, filhos da folha e dotes dos reis; e pedindo que se enviasse à Guiné os delinquentes que no Reino, eram condenados ao degredo para assim se poder guarnecer as praças de Cacheu, Bissau e Ziguichor; sobre cartas do capitão-mor de Cacheu, Santos Vidigal Castanho acerca das actividades dos franceses naquela costa, alertando da chegada de duas naus a Goré, ilha dos franceses, e da colocação em Gerege de um baqueano com casa de fazendas para comerciar cera, com o intuito de explorar aqueles rios por Gerege, Jame, Bissau e Geba, lesando a Fazenda Real e a Companhia [de Cacheu]; referindo a falta de um baluarte em Geba e de soldados na praça de Cacheu e na fortaleza de Ziguinchor para reprimir o comércio dos estrangeiros; expondo a devassa feita a Miguel Mendes Ramos, suspeito na morte do seu sócio francês.
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