OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a descoberta de ouro do sertão do Bango Aquitamba, onde minerara o missionário carmelita frei Lourenço de Jesus Maria sob a direcção de Caetano Álvares; afirmando que enviara o capitão-mor do Golungo, Simeão Pereira Bravo, averiguar o caso, e que ele tivera sucesso no rio Lombige, mas ainda não chegara ao rio Lifua - onde haveria cativos de diamante; estando a cavalaria em mau estado decidira enviar o tenente de cavalos Francisco Xavier de Andrade com soldados e um cabo de esquadra para retornarem os soldados e os cavalos doentes, indo também o mineiro grego, Jorge Tadeu, mas ao fim de pouco tempo voltaram todos doentes, ficando a guardar o ouro o tenente de cavalos e alguns soldados; aconselhando a castigar a maldade e a pouca lealdade de Caetano Álvares; informando sobre o rio Lombige e as suas margens, a distância a que ficavam as minas e o perigo de outros apanharem o ouro.