CARTA do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao rei [D. José I] sobre o serventuário de escrivão da Fazenda Real, António da Silva Guimarães, ter sido preso e suspenso do ofício por ter grandes negócios apesar do comércio ser proibida aos oficiais da Fazenda Real; explicando que o escrivão enriquecera a mandar fazendas para o sertão como se fossem fazendas reais, sem pagar transportes, e obrigando os sobas a consumi-las, o que prejudicava a Fazenda Real e dava um mau exemplo aos escrivães da Fazenda; referindo que por recomendação do provedor da Fazenda proveu para o ofício de escrivão António de Faria e Melo, que exercia como escrivão da Feitoria; dando conta da necessidade de arranjar porteiro, guarda-livros e casa para o cartório da Fazenda Real, de forma a ter a devida ordem e arrecadação