CONSULTA do Conselho Ultramarino ao rei D. Pedro II sobre as cartas do governador da Bahia, Luís César de Meneses, dos oficiais da câmara e do provedor da Fazenda Real de Angola, Rodrigo Rebelo da Silva, acerca do ataque de artilharia, do saque, da tomada da fortaleza de Benguela por quatro naus francesas, a 12 de Junho de 1705, da traição dos negros mundombes, da falta de Infantaria do presídio, e do socorro que o governador e capitão-general de Angola, Lourenço de Almada, pedira aos governadores da Bahia e do Rio de Janeiro; o conselho recomendou o envio de serralheiros, artilheiros e munições, o castigo aos negros traidores e a reconstrução da fortaleza para a conservação daquela conquista, do respeito dos negros e do comércio daquelas partes; as cartas anexam vários documentos dando conta dos factos e dos envolvidos no caso, nomeadamente as cartas do capitão-mor do presídio, José Lourenço, e do capitão francês, João Pilarte da Silva.