CARTA do provedor da Fazenda Real e dos defuntos e ausentes de Angola, Bartolomeu Pais Bulhão, ao rei [D. Afonso VI] sobre desconfiarem dele desde as diligências que fizera ao governador e o edital que mandara fixar chamando os seus oficiais e ministros subalternos; referindo que estava doente e que o governador proveria Tomás Figueira [Bultão] para o substituir; afirmando que continuava à espera do ordenado e do regimento, e que nada se angariara para a paz da Holanda e a jóia da rainha da Grã-Bretanha; alertando que o feitor da Fazenda, Simão Vandernes, queria embarcar antes do fim do seu triénio e apressara-se a dar contas ao contador, Tomás Figueira [Bultão] e que os governadores tinham dado hábitos de Cristo e de Santiago a negros potentados e que seria bom averiguar o escrivão da feitoria dos despachos e marcas, Pantaleão Rebelo [de Vasconcelos], porque recebera o posto e o hábito de São Bento em satisfação dos serviços de seu avô, Pantaleão Monteiro, mas era um homem falso.