Scope and content
Escritura de testamento, feita em Vale de Ílhavo de Cima, julgado de Ílhavo, casa de Manuel Ferreira Solha, com Ana da Rocha, casada com Manuel Ferreira Solha. Desejava que, depois do seu falecimento, fosse conduzido à sepultura com parchamento de 12 clérigos, que diriam cada 1 a sua missa por sua alma dentro de 8 dias, querendo também ofício de corpo presente. Desejava que se mandassem dizer 4 trintários de missas por sua alma, de esmola ordinária, no prazo de 1 ano depois do seu falecimento e que dessem aos mais pobres da freguesia de Ílhavo 141 litros (10 alqueires) de milho, no prazo de 8 dias depois do seu falecimento. A testadora não tinha herdeiros legais, pelo que insituía o seu marido Manuel Ferreira Solha usufrutuário vitalícia de toda a sua meação de seus bens, o que significava que todas as atribuições para os herdeiros eram efetuadas depois da morte deste. Depois disso, a sua meação seria dividida em 3 partes, a saber, 1 para a sua sobrinha, filha de Lourenço da Rocha, sendo usufrutuária desta parte Maria da Rocha, irmã da testadora e viúva de Bruno Francisco [Marcelino?], outra parte para Teresa da Rocha, irmã da testadora, viúva de Francisco António Couto, e a outra parte para a sobrinha da testadora Maria, filha de Lourenço da Rocha. Se a dita sua irmã Teresa falecer antes da testadora, a parte que pertencer aos bens que a testadora deixava para a mesma passariam para Bruno, filho da mesma. Por morte deste, passaria para os sobrinhos da testadora. Deixava à sua criada Lucrécia a metade das casas, aido e costeira do Cabeço do Nuno, a [tece?] matriz com pinheiros da parte do Crespo e mais a sexta parte do pinhal que corre com o mesmo aido, com a condição dela servir na casa enquanto a testadora e o seu marido fossem vivos. Nomeava como seu testamenteiro o seu marido em primeiro lugar e José dos Santos Vidal o Januário, de Vale de Ílhavo, em segundo lugar, que receberia 14 400 réis pelo seu trabalho. Foram testemunhas o padre José Resende, José Nunes de Castro, José Fernandes Grego, Manuel dos Santos Torrão, estes casados, lavradores, Manuel da Silva Gorito, solteiro, lavrador, todos de Vale de Ílhavo, e Albino de Almeida, casado, artista, da vila de Ílhavo.