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Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH1/001/0043/00013
Title
Escritura de testamento que faz Manuel Fernandes Borrelho, viúvo da Chousa Velha.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1872-05-26
Final date
1872-05-26
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 16 a 17
Content and structure
Scope and content
Compareceram na vila de Ílhavo no cartório do tabelião, presentes Manuel Fernandes Borralho, viúvo, que de sua própria e livres vontade e sem coação alguma, fez este seu testamento na forma seguinte. Professando a sua fé na religião católica, disse que quando falecesse, o seu enterro fosse feita a vontade de seu testamenteiro e pessoas da sua qualidade, e no da terra, e que no dia de seu falecimento, ou no seguinte se dêem de esmola aos pobres (20 alqueires de milho) 282 litros de milho, e que todos os clérigos que acompanhassem o corpo dissessem uma missa por sua alma de esmola de 200 réis, podendo ser no dia seguinte de seu enterro ou ano seguinte. Em segundo lugar disse que era viúvo, e que não tendo herdeiros necessários, por isso instituiu por seus únicos e universais herdeiros o seu sobrinho Manuel Fernandes Borrelho, filho de irmão dele testador, por nome Domingos Fernandes Borrelho, e a seu sobrinho João Ferreira Jorge, filho de sua irmã, por nome Luísa da Rocha, que ambos partiriam entre si todos os bens que pertenciam a ele testador, e que desde logo e para sempre fazia doação aos ditos sobrinhos Manuel Fernandes Borrelho, e João Ferreira Jorge, com a condição de que ele doador ou testador, reserva para si usufruto de todos os bens doados, para dispor os dinheiros que tinha a juro, e que não dispondo seriam tais dinheiros para os ditos seus sobrinhos, que o repartiriam igualmente. Disse mais ele testador que deixa aos ditos sobrinhos, todos os direitos e execução, e que ainda que algum dos ditos seus sobrinhos morra, antes dele testador, e o seu quinhão irá aos descendentes que tiver, ou seus irmãos. Disse mais, que deixava todos os seus bens como disse aos ditos sobrinhos, com a condição de eles lhe darem, o sustento vestuário que faltar de seus dividendos, assim como tratá-lo em suas doenças. E que para seu testamenteiro nomeou o seu sobrinho dito Manuel Fernandes Borrelho, e na sua falta dele o outro seu sobrinho João Ferreira Jorge ou o herdeiro mais velho de qualquer deles. Disse mais, que deixava os bens que possuía aos ditos sobrinhos da maneira seguinte. A seu sobrinho Manuel Fernandes Borrelho, deixava o seu assento de casas e aído e suas pertenças, na Chousa Velha, e tudo quanto estivesse de portas a dentro e mais metade de uma terra sita na Chousa do Birrento, e a metade do dinheiro que estava a juro, caso exista, e todos os mais bens e dinheiro ao outro dito sobrinho João Ferreira Jorge. E por esta forma disse ele testador havia por feita a sua última disposição a qual queria que valesse em juízo e fora dele, e que por este revogava a todos os outros anteriormente feitos. E depois de lhes ser lido, e por todos outorgado, disse que estava conforme, a que foram testemunhas presentes ao ato desde o princípio, Luís Fernandes Matias, casado, artista; e Jorge Rodrigues do Sacramento, casado, negociante; Marçalo Batista Duro, casado, pescador; José Domingues Gago, casado, pescador; José Nunes Vesinho, casado, ferreiro; e José Ferreira Gordo, casado, lavrador, todos de maior idade, moradores, no julgado de Ílhavo. Que assinaram, fazendo-o a rogo do testador por dizer que não sabia escrever a primeira testemunha Luís Fernandes Matias. Disse ainda ele testador que as despesas que se fizessem com o seu enterro, missas e esmolas aos pobres, seriam divididas pelos ditos seus dois sobrinhos, pagando cada um deles a sua parte igual. E depois de lida em voz alta por todos foi assinada.
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