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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro que faz João Simões Ratola, viúvo, do lugar do Bonsucesso, como procurador de seu filho Francisco Simões Ratola Novo, ausente no Império do Brasil, ao padre João Manuel da Rocha Senos de Ílhavo da quantia de 500 000 réis.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH1/001/0043/00012
Title
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro que faz João Simões Ratola, viúvo, do lugar do Bonsucesso, como procurador de seu filho Francisco Simões Ratola Novo, ausente no Império do Brasil, ao padre João Manuel da Rocha Senos de Ílhavo da quantia de 500 000 réis.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1872-05-26
Final date
1872-05-26
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 14 a 15v
Content and structure
Scope and content
Compareceram na vila de Ílhavo e morada do tabelião, presentes de uma parte João Simões Ratola, viúvo, do lugar do Bonsucesso, concelho de Aveiro, como procurador de seu filho Francisco Simões Ratola Novo, ausente no Império do Brasil, que mostrou ser pela procuração que neste ato apresentou, para ser copiada nos tratados que desta escritura houverem, que ficou em poder do cartório, do outra padre João Manuel da Rocha Senos, da vila de Ílhavo. E pelo segundo outorgante o padre João Manuel da Rocha Senos, foi dito que precisando de quantia de 500 000 réis para arranjos e aguento da sua vida, os pediu emprestado ao dito primeiro outorgante João Simões Ratola, afim deste lhe emprestar a dita quantia de 500 000 réis, e logo pelo mesmo foi apresentada em cima da mesa a dita quantia, em bom dinheiro e metal ouro e prata, dizendo que esta quantia pertence a seu filho dito Francisco Simões Ratola, e a emprestava ao dito padre João Manuel da Rocha Senos, à razão de juro de 7,5 por cento ao ano, livres de décima, registo, manifesto, ou outra qualquer despesa que ele credor possa fazer, até ao reembolso, pois que os juros são livres de toda a despesa e pagos em casa dele procurador do credor, e sendo recebida a dita quantia de 500 000 réis, por ele devedor, e em si guardada, dizendo ao dito credor que promete pagar tanto o próprio como os juros que se vencessem, obrigando sua pessoa e bens, havidos e por haver em geral, em especial hipotecava a sua casa em que vivia sita na morada de Espinheiro, com seu aído e mais pertença, que parte de norte com Joana Rosa Provinca, e João Gonçalves Vilão, do sul com José de São Marcos, a nascente com o doutor António Eliseu de Almeida Ferraz, e do poente com a rua pública de Espinheiro de Ílhavo, sendo o seu valor real de 800 000 réis, mais uma terra lavradia sita no muro gordo que levará de semeadura 112 litros e 8 decilitros (8 alqueires) pouco mais ou menos, que parte de norte com Tomé Batista Madaíl, de sul com António dos Santos Rigueira, a nascente com servidão de vários consortes, e poente com a ria, sendo o seu valor real de 300 000 réis. E que para maior segurança dele credor, dá ele devedor por seus fiadores e principais pagadores do próprio e juros, João Nunes Caramonete, e sua mulher Maria Morgada, moradores da vila de Ílhavo, que estando presentes foram também testemunhas deste ato, e disseram eles ditos fiadores que de suas e próprias e livres vontades e sem coação ficariam fiadores e principais pagadores de 500 000 réis, e seus juros que se vencessem, sujeitando-se às condições desta fiança ao que obrigavam suas pessoas e bens, e tomarão sobre si as obrigações de pagamento, na falta do devedor, ao que obrigaram e hipotecaram em geral todos os seus bens, em especial hipotecaram uma propriedade de casas e terra lavradia, onde viviam sita na Alagoa de Ílhavo, que parte de norte com João Gonçalves dos Anjos, a sul com estrada pública, a nascente com Joaquim Nunes Ramos, o zarolho, e poente com servidão de consortes sendo o seu valor real de um conto de réis. E logo pelo credor foi dito que aceitava estas hipotecas e todas as mais condições. E de como assim o disseram, quiseram e aceitaram, foram testemunhas presentes a este ato Manuel Francisco Marieiro, e José dos Santos Batel, casado, lavrador, e de maior idade, moradores no Corgo Comum, assinando a rogo do fiador por dizer que não sabia escrever, Sebastião dos Santos Patoilo, solteiro, artista, e a rogo da fiadora pela mesma razão assinou, Manuel Gonçalves Bilelo, viúvo, artista, ambos de maior idade e moradores em Ílhavo.
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