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Escritura de ajuste, contrato e obrigação entre José Ferreira Pinto Bastos, representado por seu filho e procurador Augusto Ferreira Pinto Bastos, e João da Cruz, mestre de vidro da Fábrica de José Ferreira Pinto Bastos na Vista Alegre, em representação dos contratantes: João da Silva; José dos Santos Galo; Joaquim António Ramos Carepa; [Jacintro?] Galo; Francisco Ramos, todos estes da Marinha Grande; João Batista Faísca, de Lisboa; e António de Oliveira, da vila de Ovar, assim como António Miller, solteiro, filho do defunto Manuel Miller, da cidade de Lisboa, e seu tio Francio Miller, de Oliveira de Azeméis, ambos por si, sem procuração, todos oficiais e ajudantes da mesma Fábrica de Vidro. A escritura realizou-se na Fábrica na Vista Alegre de José Ferreira Pinto Bastos, senhorio do prazo da Ermida, comendador e professo na Ordem de Cristo, cavaleiro na distinta Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Instituidor e dona da Real Fábrica de Porcelana "Vidraria" e Processo Químicos da Vista Alegre. Realizaram-se os seguintes contratos de trabalho, por 1 período de 4 anos, contados a partir do 1.º dia do mês de Janeiro do da data da escritura: o oficial João da Silva ficaria com 1 salário semanal de 7 200 réis. O oficial José Galo ficaria com 1 salário semanal de 8 000 réis. O oficial de vidraça [Jacintro?] Galo ficaria com 1 salário semanal de 4 800 réis, caso trabalhasse em vidraça, como oficial, caso contrário ganharia semanalmente 2 880 réis como ajudante de colher. Joaquim António e Joaquim Ramos Carepa ficariam ambos com 1 salário semanal de 3 200 réis, para servir como ajudantes de colher. Francisco Ramos ficaria com 1 salário semanal de 2 880 réis, para servir como ajudante de colher. João Batista Faísca ficaria com 1 salário semanal de 1 850 réis. António de Oliveira ficaria com 1 salário semanal de 1 750 réis. Se o trabalhador não comparecesse na Fábrica receberia metade do salário, como se estivesse doente, excepto em caso de mau comportamento. Caso a Fábria não possa providenciar os postos de trabalho estabelecidos, seriam reformuladas temporariamente as condições de trabalho e os postos a ocupar, conforme as capacidades dos trabalhadores, sem que estes possam desvincular-se e ir trabalhar para outras fábricas. Augusto Ferreira Pinto Bastos contratou também com António Miller, 1 posto de trabalho como ajudante de caldias, por 1 salário semanal de 1 200 réis, com autorização pelo seu tio e tutor legal Francisco Miller. Foram testemunhas José Maria de Oliveira, guarda livros na Fábrica, de Lisboa, e Bernardo Rosio [Quimaco?], natural de Alegria, província de Alba, Espanha.