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Escritura de Partilhas amigáveis feita na Vila de Ílhavo, que entre si fizeram Luís Duarte, seareiro, viúvo da falecida Maria Simões Dias Nobre, e seus filha, genro e nora, Vitoria Simões Dias Nobre e marido João Trindade, pescadores, e Sebastião Duarte e mulher Joana de Jesus, jornaleiros. E por todos foi acordado fazer a partilha do único prédio do casal, do qual pertencia como meeiro ao sobre dito viúvo, como seus únicos herdeiros e representantes de uma quarta parte, o qual prédio era constituído por um assento de casa térreas, com pequeno pátio e aído continuo e mais pertenças, sito no dito lugar da Gafanha da Encarnação, no local denominada Mato Feijão, o qual prédio confrontava do norte com caminho publico, do sul com Manuel Nunes Ribau, do nascente e poente com o mesmo Ribau. Ficando a pertencer à meação do viúvo, metade do dito prédio do lado sul, compreendendo-se nela o assento de casas, medindo essa metade pelo norte a entestar na outra meação dos filhos, cinco metros de comprimento por três e vinte centímetros de largura, e pelo sul, vinte e um metros e dez centímetros de comprimento, pelo nascente media de largura trinta e um metros e dez centímetros, e pelo poente, media de largura trinta e um metros e vinte centímetro, calculando à época o valor dessa meação em cinquenta mil reis. A outra metade, do lado norte, em igual valor de cinquenta mil reis, ficou a pertencer em partes e valores iguais aos sobre ditos filhos da falecida. Esta metade compreendida só por aído e foi subdividida em dois quinhões, no valor declarado de vinte e cinco mil reis cada um, ao comprido de nascente a poente. À outorgante Vitoria e marido, ficou a pertencer a leira do lado norte a entestar no caminho público, e ao outorgante Sebastião Duarte e mulher, a restante leira do lado sul. Foram testemunhas, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na Vila de Ílhavo; Manuel da Silva Triga, casado, seareiro, morador em Vale de Ílhavo de Cima; Manuel Joaquim João Novo, casado, lavrador, residente na Gafanha dos Caseiros, e Manuel Corujo, solteiro, barqueiro, todos moradores na Vila de Ílhavo.