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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a credora Luísa Ricoca, negociante, moradora na vila de Ílhavo, casada com Paulo Nunes Guerra, ausente a bordo do lugre português “Argos”, e o devedor Manuel das Neves Novo, solteiro, seareiro, morador na Gafanha (Senhora da Encarnação), da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura e pago um ano depois dessa data, com uma periodicidade anual. O devedor hipotecava uma leira de terra lavradia, na Gafanha, freguesia de Ílhavo, no local denominado “Mato Feijão”, a confrontar do norte com viúva de João Luís Ferreira, medidno 180m de comprimento, do sul e nascente com José dos Santos Esgueirão, da Gafanha, medindo pelo sul 180m de comprimento e pelo nascente 20m de largura, e do poente, medindo 12,3m de largura, confronta com caminho público, e um prédio novo de casas térreas, com quintal contíguo, na Gafanha da Encarnação da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte e poente com seu pai Manuel das Neves, do sul com viúva de João Luís Ferreira e do nascente com caminho público, medindo de comprimento, de norte a sul, 40m, e de largura, tanto do nascente como do poente, 17m. Os prédios eram alodiais, pertencendo o segundo ao devedor por doação, que, por conta das legítimas que lhe fizeram seus pais dito Manuel das Neves e mulher, da Gafanha, tendo sido a casa mandada construir pelo devedor à sua custa, e o primeiro por compra a José dos Santos Esgueirão e mulher, da Gafanha e valiam ambos 500.000 reis (300.000 reis o primeiro e 200.000 reis o segundo). Foram testemunhas Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, e Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, ambos moradores na vila de Ílhavo.