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Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre Júlio Nunes de Oliveira, casado, marítimo, e a vendedora Rosa Serafina, viúva de José Fernandes Parracho, pescasdeira, ambos moradores na vila de Ílhavo (na Rua do Espinheiro). Foi comprada uma casa sobradada com pátio contíguo, na Viela do Batel à Rua do Espinheiro da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com o largo da mesma viela e com Rosa Júlia Cassana, viúva de José Marques, do sul com Maria do Neto, solteira, do nascente com a dita viela e do poente com Manuel da Maia Mendonça, da vila de Ílhavo. O prédio era de natureza de prazo, foreiro à Irmandade do Santíssimo a Almas da freguesia de Ílhavo, em 445 reis anuais, com laudémio de quarentena e foi comprado por 100.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. A vendedora poderia habitar no prédio comprado. O prédio estava hipotecado à responsabilidade de uma fiança, prestada a favor de João Nunes da Barbeira e mulher Joana Correia, da vila de Ílhavo, para melhor garantia da dívida de 300.000 reis que aqueles Barbeira e mulher eram devedores a Maria dos Anjos Marcela, da vila de Ílhavo, por escritura do tabelião de Aveiro Gualdino Calisto de 1887/12/20. A credora, presente no ato da escritura, confirmou o pagamento da dívida, pelo que se procedeu ao destrate dessa escritura e ao cancelamento do respetivo registo hipotecário. Foram testemunhas Manuel Marques de Carvalho, casado, carpinteiro e mestre de obras, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo comprador, João Redondo Novo, casado, pescador, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, José Maria Salgado, casado, carpinteiro, e David Pereira da Silva, casado, alfaiate, ambos moradores na vila de Ílhavo.