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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Francisco Simões Ratola, do Bonsucesso, a Manuel Marques da Silva e mulher, de Vale de Ílhavo de Baixo.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0037/00014
Title
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Francisco Simões Ratola, do Bonsucesso, a Manuel Marques da Silva e mulher, de Vale de Ílhavo de Baixo.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1899-05-29
Final date
1899-05-29
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 20 a 22v
Content and structure
Scope and content
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, sendo intervenientes, Francisco Simões Ratola, como credor, casado, proprietário, morador no Bonsucesso, freguesia de São Pedro de Aradas e, como devedores, Manuel Marques da Silva, negociante de madeira e mulher Matilde de Almeida Barreto, governanta de casa, moradores no lugar de Vale de Ílhavo de Baixo, desta mesma freguesia de Ílhavo. E logo pelos devedores foi dito que receberam de empréstimo, da mão do credor, a quantia de 600 mil reis. Os devedores obrigavam-se a restituir toda aquela quantia ao credor e, enquanto não o fizessem, ficavam ainda obrigados ao pagamento de juros anuais à razão de 5 por cento, sendo isto pago na casa do credor e, se no prazo de 15 dias após o vencimento, não pagarem os referidos juros, são obrigados a pagar o juro de 10 por cento. Caso o credor tivesse que gastar algum dinheiro com advogados, os devedores ficavam ainda obrigados a dar-lhe a quantia de 15 mil reis. Davam como segurança de pagamento uma azenha com casa de habitação e quintal contíguo e mais pertences, sita em Vale de Ílhavo de Baixo, que confrontava a norte com a rua pública, a sul com a levada, a nascente com Francisco Verdade Couto, do dito lugar, e a poente com Manuel Francisco Machado, da vila de Ílhavo. A propriedade paga de foro anual, ao Excelentíssimo Alberto Ferreira Pinto Basto, em 282 litros de trigo tremes e uma galinha. A propriedade pode render anualmente 30 mil reis e o seu valor é de 1 conto de reis. Os devedores disseram ainda que a propriedade já estava hipotecada, pelo seu falecido pai, ao Excelentíssimo Alberto Ferreira Pinto Basto, como garantia da responsabilidade que o mesmo falecido tinha tomado num contrato de compra de madeira de um pinhal, juntamente com o seu filho, que pela sua parte e com a mulher tinham hipotecado ainda um assento de casas, onde viviam, com pátio, aido lavradio contíguo e mais pertences, sito em Vale de Ílhavo de Baixo, sendo o preço total da venda da madeira de 2 contos e 200 mil reis, sendo pago já 1 conto e 594 mil e 830 reis, dando o Excelentíssimo Alberto Ferreira Pinto Basto plena paga e quitação da referida quantia e cancelando o registo de hipoteca da referida azenha. Quanto ao restante da dívida que é de 605 mil e 170 reis dão como garantia de pagamento o dito assento de casas pois entendem que esse prédio é garantia suficiente para o restante da dívida. Foram testemunhas presentes, Henrique António de Abreu, casado, carpinteiro, morador em Ílhavo, Ricardo Ferreira Birro, casado, jornaleiro, morador em Vagos e Francisco Gonçalves de Melo, casado, proprietário, também morador em Ílhavo.
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