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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, na qualidade de tutor e legal administrador de seus sobrinhos, menores puberes, Manuel dos Santos Chuva e irmã Maria, filhos de sua irmã Maria Rosa e marido José dos Santos Chuva, falecidos, da vila de Ílhavo, os devedores Manuel Nunes Pelicas, marítimo, e mulher Joana de Jesus Miôta, governanta de casa, moradores na vila de Ílhavo, e os fiadores , sogros e pais dos devedores, António Fernandes Matias, marítimo, e mulher Maria de Jesus Miôta, governanta de casa, moradores na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 200.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma casa térrea, com pátio, na Rua do Espinheiro (ou Rua “João de Deus”) da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com José António Paradela, do sul com António Laracha, do nascente com Manuel Raposo, todos de Ílhavo, e do poente com viela de consortes. O prédio era alodial, valia 150.000 reis e rendia anualmente 5.000 reis. Foram nomeados fiadores, que hipotecavam um assento de casas térreas, onde viviam, com seu pequeno pátio contíguo e poço, na Viela do Chocha, da Rua do Espinheiro da vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Manuel Marques de Carvalho, do sul e poente com José Campino e do nascente com Alexandre Maria Neves, todos da vila de Ílhavo. O prédio era alodial, valia 400.000 reis e rendia anualmente 12.000 reis. Foram testemunhas Manuel Gomes dos Santos Regueira, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, morador na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, João Francisco Grilo, casado, marítimo, morador na vila de Ílhavo, assinando pelos fiadores, João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante, e António Maria de Miranda, solteiro, pintor, ambos moradores na vila de Ílhavo.