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Testamento que faz Manuel da Rocha Brás, solteiro, lavrador, natural e residente nesta vila de Ílhavo, em 6 de Fevereiro de 1899.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0035/00014
Title
Testamento que faz Manuel da Rocha Brás, solteiro, lavrador, natural e residente nesta vila de Ílhavo, em 6 de Fevereiro de 1899.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1899-02-06
Final date
1899-02-06
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 17v-20v
Content and structure
Scope and content
Testamento de Manuel da Rocha Brás num cartório na rua Direita na vila de Ílhavo perante 6 testemunhas. O testador era Manuel da Rocha Brás, solteiro, lavrador, de maior idade, natural e residente nesta vila de Ílhavo não tem herdeiros e portanto pode dispor livremente de seus bens, e assim gozando desta faculdade, deles dispõe da forma seguinte: A sua sobrinha Luísa de Jesus Telles, desta vila, casada com o capitão da marinha mercante José Campos Vaz, ou na falta dela a seus filhos que ela deixar e existirem à época da morte dele testador deixa os seguintes prédios: Uma terra lavradia sita no Campo Largo, em Vale de Ílhavo de Cima que levará de semeadura 70 litros e 5 decilitros de trigo; Outra terra lavradia no mesmo sitio do Campo Largo que levará se semadura 56 litros e 4 decilitros de trigo, ambas alodiais. A sua sobrinha Joana de Jesus Telles, casada com João Vellas, da Légua de Ílhavo, ou na falta dela a sua filha Joana Rosa deixa os seguintes bens: Uma terra lavradia sita no Passadouro, ao Cimo da Vila, antes dos Moutinhos, que levará de semeadura 42 litros e 3 decilitros de trigo; uma leira de terra lavradia sita nas Moutas, que levará de semadura 28 litros e 2 decilitros de trigo; uma terra lavradia sita na Lagoa de Ílhavo, no local onde chamam o “o Carreguinho”, que levará de semeadura 98 litros e 7 decilitros de trigo. A sua sobrinha Maria da Conceição Cavaz, moradora no Corgo da Rainha, próximo à Prega de Ílhavo, casada com Manuel da Cruz Fausteiro, ou na falta dela, à filha da mesma de nome Maria dos Anjos, que é afilhada dele testador, deixa uma vessada ou terra baixa sita no Chão da Quinta, próximo ao Corgo da Rainha, desta freguesia a qual nessa levará de semeadura 98 litros e 7 decilitros de trigo. A sua sobrinha Joana Cavaz, viúva de João Preceito, da Legua, de Ílhavo, ou na falta dela as suas filhas e de seu falecido marido, deixava uma terra lavradia, no Camarnal de Cima, próximo ao Campo do Barroso, na Legua, que levava de semeadura 56,4l de trigo. Deixava à sua sobrinha Maria Cavaz, casada com José Calvo, da Legua, ou na falta dela os seus filhos, um pinhal e seu terreno, no Coito, próximo à Presa de Ílhavo, que levava de semeadura 98,7l. Deixava aos filhos de seu falecido sobrinho Manuel Simões Teles, da vila de Ílhavo, em partes iguais, um pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, próximo às Quintãs de Ílhavo, que levava de semeadura 98,7l. Deixava a seu afilhado e segundo sobrinho José Campos Vaz Júnior, a estudar no seminário eclesiástico de Beja, filho da referida sua sobrinha Luísa de Jesus Teles e marido José Campos Vaz, da vila de Ílhavo, ou os seus pais na sua falta, o assento de casas e aido lavradio, onde o testador vivia, com pátio, eira e currais, na Rua da Alagoa, da vila de Ílhavo, sendo alodial, a confrontar do norte com João António da Graça, do sul e nascente com o reverendo Domingos Ferreira Jorge e do poente com a rua pública. Nomeava para seu testamenteiro o seu sobrinho afim dito José Campos Vaz, casada com aquela sua sobrinha Luísa de Jesus Teles, da vila de Ílhavo, que deixava um pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, próximo às Quintãs de Ílhavo, que levava de semadura 211,5l, conhecido pelo “Pinhal Grande” e uma terra, no Camarnal de Cima ou pé do Campo do Barroso, na Legua, que levava de semeadura 77,5l de trigo (ficava ao sul de outra terra deixada a sua sobrinha Joana Cavaz), com a condição do recetor destas terras sustentar as despesas inerentes ao seu falecimento. Caso o seu testamenteiro falecer antes do testador, nomeava como sua testamenteira a sua segunda sobrinha Clarinda da Purificação Teles, solteira, maior, da vila de Ílhavo, filha daquele José Campos Vaz, que, somente se o pai falecesse, deixava os mesmos 2 prédios. Na falta dos 2 nomeava como sua testamenteira a sua segunda sobrinha Clarinda da Purificação Teles, solteira, maior, da vila de Ílhavo, filha daquele José Campos Vaz, na qual, nessa situação, deixava os 2 prédios. Foram testemunhas José Nunes da Fonseca, casado, professor oficial de ensino primário, assinando pelo testador, Francisco José de Oliveira, solteiro, cordoeiro, Manuel Nunes da Fonseca Júnior, casado, lavrador, José André Senos, casado, marítimo, António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, e David da Silva Bento, casado, sapateiro, todos moradores na vila de Ílhavo.
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