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Escritura de doação para património que fazem José Ferreira Jorge e mulher, residentes nesta vila, a seu filho Benjamim Ferreira Jorge, estudante do terceiro ano teológico no seminário de Coimbra.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0032/00026
Title
Escritura de doação para património que fazem José Ferreira Jorge e mulher, residentes nesta vila, a seu filho Benjamim Ferreira Jorge, estudante do terceiro ano teológico no seminário de Coimbra.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1898-09-19
Final date
1898-09-19
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 39 a 41
Content and structure
Scope and content
Escritura de doação para património, sendo intervenientes, José Ferreira Jorge e mulher Maria Nunes do Couto, como doadores, proprietários, moradores na rua Cimo de Vila, desta vila de Ílhavo e, como donatário, seu filho Benjamim Ferreira Jorge, solteiro, estudante do terceiro ano teológico, no seminário de Coimbra, atualmente residente nesta mesma vila e, como louvados abonadores, Daniel Gonçalves Sarrico, Manuel Fernandes Borrelho e Manuel Nunes Ferreira Gordo, todos os 3 casados, proprietários, moradores também nesta vila de Ílhavo. E logo pelo segundo outorgante foi dito que sendo-lhe necessário, em obediência às leis eclesiásticas, constituir o seu património, para poder tomar ordens sacras e seguir a vida eclesiástica. E logo pelos primeiros outorgantes foi dito que para o seu filho poder ser ordenado lhe doavam o seguinte prédio: o assento de casas térreas, o primeiro do lado sul, onde os doadores e donatários atualmente vivem, com seu pátio, eira, abegoaria, pomar, tudo contíguo, uma parte da terra alta e ainda a quinta parte da vessada, terra baixa, ao nascente da mesma terra alta, tudo pegado, que confrontava, a propriedade doada, a norte com propriedade deles doadores, a sul com a viúva de Luís Nunes Pinguelo o Burrica e com os doadores, a nascente com herdeiros de António da Rocha Deus, todos desta vila e a poente com a rua pública de Cimo de Vila. A parte doada na terra alta pode levar de semeadura 75 litros de trigo e tem as seguintes medições: pelo lado nascente, contígua à vessada, mede de largura 23 metros e 48 centímetros; da extrema sul do prédio da viúva de Luís Nunes Pinguelo, a contar deste mesmo lado sul para norte mede também 23 metros e 48 centímetros de largura; a contar da extrema sul a entestar na casa da eira mede de sul para norte 82 metros e 90 centímetros de largura, compreendendo-se nesta última medição [ilegível] chave de terreno, que ficava ao norte, chave, que também faz parte desta doação, fazendo também parte a fonte e respetivos pertences, que está quase no extremo nascente da parte aqui doada na terra alta, ficando entre a mesma extrema e a vessada. A vessada poderia levar de semeadura 53 litros de trigo, é a que fica, na sua maior parte, em frente da parte doada na terra alta, ficando assim tudo contíguo e a seguir até entestar no prédio dos herdeiros de António da Rocha Deus. A propriedade poderia render anualmente 50 mil reis e o seu valor é de 1 conto e 160 mil reis. Os doadores disseram ainda que a servidão de pé e carro para o resto da terra baixa, lado do norte, pertencente aos doadores, continua sendo pela quinta parte da mesma terra baixa, quinta parte aqui doada, que está compreendida no referido valor da propriedade. Os louvados abonadores disseram que o valor do referido prédio era de 1 conto e 160 mil reis. Foram testemunhas presentes, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, morador nesta vila, Sebastião António da Silva, casado, escrivão de paz de Ílhavo e José Nunes Capela, solteiro, negociante, ambos moradores nesta vila.
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