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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, sendo intervenientes, Luísa Ricoca, como credora, negociante, moradora nesta vila, casada com Paulo Nunes Guerra, atualmente ausente, embarcado como marítimo e, como devedores, António Julião da Silva e mulher Maria Rosa de Jesus, lavradores, residentes no lugar da Gafanha, Senhora da Encarnação, desta freguesia. E logo pelos devedores foi dito que receberam de empréstimo, da mão da credora, a quantia de 200 mil reis. Os devedores obrigavam-se a restituir toda esta quantia à credora e, enquanto não o fizessem, ficavam ainda obrigados ao pagamento de juros anuais à razão de 6 por cento. Davam como segurança de pagamento um prédio que se compõe de casas de habitação, com uma leira de terra lavradia contígua, de alto a baixo, e pinhal com seu terreno, tudo pegado, sito no lugar da Gafanha, Senhora da Encarnação, no local denominado “prazo do lago”, desta freguesia de Ílhavo, que confrontava a norte e nascente com António Luís Ferreira, da Gafanha, a sul com caminho público e a poente com a ria pública. A propriedade paga de foro anual 800 reis aos filhos do Excelentíssimo Conselheiro Senhor José Dias Ferreira, residentes em Lisboa. A propriedade poderia render anualmente 15 mil reis e o seu valor é de 500 mil reis. Foram testemunhas presentes, Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, morador nesta vila, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro e Joaquim António Biu, casado, carpinteiro, ambos também moradores nesta vila.