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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, sendo intervenientes, José Fernandes Preceito, como credor, casado, negociante, morador nesta vila, e como devedores, João Nunes da Fonseca e mulher Maria Freira, lavradores, residentes nos Moitinhos, desta freguesia de Ílhavo e, como fiador, Manuel dos Santos Patoilo, solteiro, lavrador, também morador no lugar dos Moitinhos. E logo pelos devedores foi dito que receberem de empréstimo, da mão do credor, a quantia de 100 mil reis. Os devedores eram obrigados a restituir toda esta quantia ao credor e, enquanto não o fizessem, ficavam ainda obrigados ao pagamento de juros anuais à razão de 6 e meio por cento. Davam como segurança de pagamento o seu assento de casas, onde viviam, com pátio, abegoarias, aido lavradio e mais pertences, sito no lugar dos Moitinhos, que confrontava a norte com, o terceiro outorgante, Manuel dos Santos Patoilo, a sul com Maria Moleira, viúva, a nascente com estrada ou rua pública e a poente com vala de escoamento. A propriedade poderia render anualmente 12 mil reis e o seu valor é de 400 mil reis. Apresentaram ainda como seu fiador, Manuel dos Santos Patoilo, solteiro, o qual obrigava os seus bens à escolha do credor. Foram testemunhas presentes, Joaquim António Biu, casado, carpinteiro, morador nesta vila, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro e Sebastião António da Silva, casado, escrivão de paz de Ílhavo, ambos também moradores nesta vila.