Scope and content
Escritura de empréstimo, na vila de Ílhavo, pelo credor Manuel José de Pinho, casado, serralheiro e pelo devedor Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, ambos moradores nesta vila de Ílhavo, de trezentos mil reis, à razão de juro de seis por cento, hipotecando em geral e em especial, um assento de casas térreas, onde vive (não entrando nesta hipoteca as duas pequenas casas que ficam ao poente do mesmo assento, nas quais habitam Conceição Maugano e Vicência Ferroa, desta vila), assim como a metade do lado nascente de aido lavradio contíguo ao mesmo assento, que confronta do norte com a rua da Manga, do sul com herdeiros do padre António Rodrigues de Campos, do nascente com Domingos Ferreira Gordinho e outros e do poente com a outra metade do aido e com as duas casas também pertencentes a ele devedor, de natureza alodial. O dito assento compreende sala, saletos, cozinha, casarões e alpendre e mede pela frente onze metros de largura, a principiar do nascente junto ao prédio de Domingos Gordinho, largura que acompanha o prédio hipotecado de alto a baixo, a entestar pelo sul, com o prédio de herdeiros do dito padre António Rodrigues de Campos, que poderá valer quinhentos mil reis, sendo o seu valor anual de quinze mil reis, que lhe proveio por compra que fez a Pedro Couceiro da Costa, desta vila. Para melhor garantia, dá como fiadores Fernando Gonçalves de Oliveira e mulher Luísa do Couto, desta vila, hipotecando uma terra lavradia , com poço, engenho e mais pertenças, sita nas Ramalhoas, limite desta vila, que confronta do norte com João Filipe, da Gafanha, do sul com Manuel Ferreira Gordo, da Chousa Velha, do nascente com regueira de consortes e do poente com o caminho público das Ramalhoas, de natureza alodial, poderá valer quinhentos mil reis, com o rendimento anual de quinze mil reis. Foram testemunhas, Sebastião António da Silva, casado, escrivão da Paz de Ílhavo e Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, ambos moradores nesta vila, todos maiores.