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Escritura de doação e entrega de bens que faz José da Silva do Inácio, viúvo, da Lavandeira, a seus filhos, genro e noras, abaixo mencionadas, do mesmo lugar e das Moitas de Ílhavo.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0028/00003
Title
Escritura de doação e entrega de bens que faz José da Silva do Inácio, viúvo, da Lavandeira, a seus filhos, genro e noras, abaixo mencionadas, do mesmo lugar e das Moitas de Ílhavo.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1897-11-11
Final date
1897-11-11
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 3-6v
Content and structure
Scope and content
Escritura de doação e entrega de bens, na vila de Ílhavo, pelo doador José da Silva do Inácio, viúvo, seareiro, morador na Lavandeira, freguesia de Soza, concelho de Vagos e pelos donatários seus filhos, noras e genro. Tendo já, por escritura de seis de Fevereiro de mil oitocentos e noventa e três doado a seu filho Francisco da Silva Novo e mulher, toda a parte que lhe pertencia de um prédio de aido lavradio e casas, sito na Lavandeira, no local denominado “Boa Vista”, parte que lhe pertencia por partilhas a que se procedeu por óbito de sua mulher Joana Nunes, pelo lado sul, confrontando do lado norte com o mesmo donatário, do sul com António da Silva Novo, do nascente com o caminho público e do poente com João Ribeiro da Lavandeira, no valor de oitenta mil reis. A seu filho António da Silva Novo e mulher, doa uma terra lavradia, no sítio do Cabedelo, limite da Lavandeira, que confronta do norte, nascente e poente com o caminho público, do sul com Luís José de Figueiredo, de Soza. A terça parte (a primeira do lado sul) de um pinhal e seu terreno, no sítio onde chamam o Valigóte, limite da Lavandeira, que confronta do norte e nascente com José Nunes Calado, do sul com António Nunes Novo e do poente com morgado de Ferminhão, que parte do sul, ficando a dar servidão de passagem de pé e carro para as duas terças partes restantes, que vão ser doadas a João da Silva Novo e mulher, as quais ficam do norte. Metade (a do lado sul), de uma terra lavradia, no Valigóte, que confronta do sul com José Nunes Calado e outros, do nascente com Joaquim Ribeiro e do poente com João Nunes Ribeiro, da Lavandeira, ficando esta metade obrigada a dar servidão de passagem de pé e carro para outra metade do norte, que vai ser doada a Francisco e mulher. Uma parte de um quinhão de propriedade de terra e vinha, no sítio que chamam o Cabedelo, limite da Lavandeira, que confronta toda do norte e poente com o caminho que vai para a Pedricosa, do sul com o que vai para a ria, do nascente com Joaquim Fernandes Borrelho, esta parte já dividida e demarcada, corresponde a três sétimas partes de toda a propriedade e fica no meio, isto é entre as três sétimas partes do outorgante João e a sétima parte restante do outorgante Francisco, achando-se já divididas e demarcadas. sendo o valor de todos estes bens doados de duzentos e cinquenta mil reis. João da Silva Novo e mulher, ficam com os seguintes bens, uma parte ou quinhão de propriedade de terra e vinha, no sítio onde chamam o Cabedelo, limite da Lavandeira, já toda confrontada, demarcada e dividida, correspondente a três sétimas partes de toda a propriedade, ficando pelo sul com o caminho público que vai para a ria, entestando ainda com um prédio de Luís José de Figueiredo, de Soza, duas terças partes de um pinhal e seu terreno no sítio onde chamam o Valigóte, já confrontado, ficando do lado norte, recebendo servidão de passagem de pé e carro pela terça parte restante, do outorgante António, que fica pelo lado sul, sendo o valor total deste bens de duzentos e cinquenta mil reis. A Francisco da Silva Novo e mulher entrega a sétima parte restante da propriedade de terra e vinha no sítio onde chamam o Cabedelo, limite da Lavandeira, já confrontada, a sétima parte que já está dividida e demarcada, pelo lado norte a entestar com o caminho que vai para a Pedricosa; uma terra lavradia, sita na Lavandeira, que confronta do norte e poente com o Morgado de Ferminhão, do sul com o caminho público e do nascente com Tomé Nunes Ribeiro. Metade do lado norte, da terra lavradia onde chamam o Valigóte, já toda confrontada no quinhão de António a quem pertence a outra metade do lado sul, com a obrigação de dar servidão de passagem de pé e carro para o outorgante Francisco; uma pequena terra lavradia sita na Ucha, no mesmo limite da Lavandeira, que confronta norte com a levada que vai para as azenhas da Pedricosa, do sul com o outorgante João e do nascente com o outorgante António (propriedade de outras partilhas) e do poente com os herdeiros de João dos Santos Ribeiro, a servidão desta terra é de passagem de pé e carro pela propriedade, que fica pelo nascente. O valor destes bens é de duzentos e cinquenta mil reis. Joana Nunes Calada e marido ficam com uma terra lavradia sita nos caminhos de Aveiro, conhecida pela terra do Chão do Bico, limite da Lavandeira, que confronta do norte com João dos Santos Neves, desta vila, do sul com o caminho público, do nascente com a mesma outorgante Joana e marido (propriedade de outras partilhas) e do poente com o caminho público; um pequeno pinhal e seu terreno, onde chamam Bolhão, limite da Lavandeira, que parte do norte com a levada de água que vai para as azenhas da Pedricosa e do sul com José Nunes Calado e um prédio que se compõe de terra lavradia, terreno de pinhal, no mesmo local, onde chamam o Bolhão, que parte do norte com Joana, do sul com a servidão de consortes, com o valor total de duzentos e cinquenta mil reis. Todos este bens são doados com as seguintes condições: o doador poderá viver na casa de seu filho, que lhe mehor convier e estar o tempo que quiser, ficando o donatário obrigado a tratá-lo bem, e dando-lhe sempre o que seja necessário, incluindo também o tabaco e o vinho, de que ele precisar, bem como roupa lavada, tratá-lo em caso de doença, ficando obrigados também a dar a quantia por mês de cem reis. Foram testemunhas, Francisco da Silva Adrião, viúvo, proprietário, morador na Lavandeira de Soza e José Dinis, casado, segundo cabo da guarda fiscal, morador nesta vila.
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