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Escritura de partilhas amigáveis e doação que entre si fazem a viúva e herdeiros de José de Almeida Vidal, morador que foi em Verdemilho.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0020/00025
Title
Escritura de partilhas amigáveis e doação que entre si fazem a viúva e herdeiros de José de Almeida Vidal, morador que foi em Verdemilho.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1896-06-27
Final date
1896-06-27
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 38 a 40v
Content and structure
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis e doação, sendo intervenientes a viúva e herdeiros do falecido José de Almeida Vidal, de Verdemilho, nomeadamente, a viúva Rosa Maria da Conceição, residente no lugar do Bonsucesso, e seus filhos e nora, Fernando de Almeida Vidal e mulher Joana de Jesus Lopes, residentes na Quinta do Picado, António de Almeida Vidal, solteiro e Maria da Conceição Vidal, solteira, ambos residentes no mesmo lugar do Bonsucesso, todos lavradores, da freguesia de São Pedro de Aradas. E logo pelos outorgantes foi dito que tendo falecido seu marido, pai e sogro, José de Almeida Vidal, eles estavam justos e contratados a fazerem amigavelmente a partilha dos bens do casal, da seguinte forma: de todos os bens formaram duas meações, sendo uma para a viúva e outra para a subdividirem em 3 quinhões de valor perfeitamente iguais, constituindo a legítima dos filhos do falecido. Pertence à viúva uma terra lavradia, na Soalheira, limite do Bonsucesso, que confrontava a norte com João Simões Morgado, a sul com António Gonçalves Resende, de Verdemilho, a nascente com várias entestas e a poente com a estrada que vai de Verdemilho para a Quinta do Picado, sendo que a propriedade paga de foro anual 26 litros 480 millilitros de trigo galego pagos a António [ilegível] Barbosa, de Aveiro, valendo a propriedade 300 mil reis; um pinhal na Arbosa, limite de Ílhavo, que confrontava a norte com Manuel Maria Capela, da Quinta do Picado, a sul com João Ferreira Lavrador, de Aradas, a nascente com Eliseu Barroca, de Verdemilho e a poente com Francisco Simões Ratola, do Bonsucesso, no valor de 200 mil reis; umas casas de habitação, com seu aido, pátio e mais pertences, sitas em Verdemilho, que confrontavam a norte com José Dias Laranjeira, a sul com João Tavares Avelino, de Aveiro, a nascente com viela pública e a poente com estrada pública, sendo que, a propriedade é foreira à Fazenda Nacional, por extinção do Convento de Jesus de Aveiro em 26 litros e 480 mililitros de trigo galego, tendo a dita propriedade o valor de 400 mil reis; uma terra lavradia, sita em Verdemilho, conhecida pela “Terra do Mortório”, que confrontava a norte com caminho ou servidão de consortes, a sul com a viúva de António João da Rosa, de Verdemilho, a nascente com Manuel Simões de Pinho e a poente com José João Ascenso, todos de Verdemilho, no valor de 100 mil reis e mais umas casas de habitação, com seu aido, árvores de fruto, pátio, poço, eira, casa da eira e mais pertences, sitas no Bonsucesso, que confrontavam a norte com viela de servidões, a sul com Manuel João Ascenso, a nascente com rua pública e a poente com levada das azenhas, no valor de 500 mil reis. O valor de toda esta meação é de 1 conto e 500 mil reis. Pertence a Fernando de Almeida Vidal e mulher uma terra lavradia, na Chousa Nova, limite desta vila, que confrontava a norte com Manuel Gonçalves Andril e a sul com Manuel Chanças, este das Ribas e aquele do Bonsucesso; uma terra lavradia, no Valezinho, limite desta vila, que confrontava a norte com vários inquilinos e a sul com Francisco Ratola, do Bonsucesso; metade, do lado norte, de um pinhal e seu terreno, sito na Soalheira, entre o Bonsucesso e a Quinta do Picado, que confrontava a norte com a viúva de João dos Santos Furão, de Verdemilho, a sul com a outra metade que vai ser atribuída ao outorgante António de Almeida Vidal, a nascente com vários inquilinos e a poente com a estrada pública. O valor total deste quinhão é de 500 mil reis. Pertence a António de Almeida Vidal um serrado, terra alta, sita no Bonsucesso, que confrontava a norte com José Marques da Silva, a sul com Manuel Germano Simões Ratola, ambos do Bonsucesso; uma terra lavradia, sita na Chousa do Fidaldo, limite de Ílhavo, que confrontava a norte com Manuel Gonçalves Bartolomeu, a sul com Júlio Gonçalves Andril, este do Bonsucesso e aquele de Verdemilho; metade, a do lado sul, do pinhal e seu terreno, sito na Soalheira, que confrontava a norte com Fernando de Almeida Vidal e mulher e a sul com a viela pública, a nascente com João Simões Ratola e a poente com estrada pública. O valor do quinhão é de 500 mil reis. Pertence a Maria da Conceição Vidal uma terra lavradia, sita na Chousa Nova, ou Chão da Barreira, limite de Ílhavo, que confrontava a norte com Francisco Simões Ratola e a sul com carreiro de pé; uma terra, no Valezinho, limite de Ílhavo, que confrontava a norte com caminho público e a sul com Fernando de Almeida Vidal e mulher; um pinhal no Carregueiro, limite da Quinta do Picado, que confrontava a norte com vários inquilinos e a sul com Francisco Simões Ratola e mais um pinhal, no sítio do Bonsucesso, que confrontava a norte com António Simões de Pinho, de Verdemilho e a sul com a viúva de António João da Rosa, também de Verdemilho. O valor do quinhão é de 500 mil reis. A viúva disse ainda que, tendo em atenção, a sua avançada idade e o deteriorado estado de saúde, resolveu entregar a administração dos seus bens aos filhos, fazendo-lhes uma doação, com imediata transferência de domínio e posse. Desta forma doa ao seu filho e nora Fernando de Almeida Vidal e mulher, uma terra lavradia na Soalheira, que paga de foro anual 26 litros e 480 mililitros de trigo a António [ilegível] Barbosa, de Aveiro; o pinhal sito na Arbosa, limite de Ílhavo, no valor de 200 mil reis. Doa ao outorgante António de Almeida Vidal as casas de habitação, em Verdemilho, com seu aido, pátio e mais pertences, foreiro à fazenda nacional e mais uma terra lavradia, sita em Verdemilho, conhecida por Terra do Mortório. Doa à outorgante Maria da Conceição Vidal, as casas de habitação, com seu aido, árvores de fruto, pátio, poço, eira, casa da eira e mais pertences, sitas no Bonsucesso. A doadora faz esta doação de sua própria e livre vontade e com as seguintes condições: cada donatário ficava obrigado a dar à doadora, pelo dia de São Miguel, enquanto ela fosse viva, 9 mil reis em dinheiro, 5 medidas de milho, limpo e seco, de 15 litros cada medida. A doadora reserva para si o direito de escolher, para viver, a casa dos filhos, que melhor lhe convier e podendo mudar para casa de outro filho, tudo à vontade dela. O filho que com ela viver será obrigado a sustentá-la e dar-lhe tudo o que for necessário e, no caso de doença, os filhos ficavam ainda obrigados a pagarem todas as despesas que se fizerem, que serão divididas entre todos igualmente. Foram testemunhas presentes, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, residente em Ílhavo, António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo, residente em Ílhavo, Manuel Pereira Bichirão, casado, jornaleiro, residente nas Ribas da Picheleira e Manuel Nunes Ferreira Gorso, casado, proprietário, residente nesta vila.
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