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Escritura de compra, sendo intervenientes, José de Melo Lopes, como comprador, casado, sargento da armada reformado, residente nesta vila de Ílhavo e, como vendedores, João dos Santos Marcelo, também conhecido por João dos Santos Marcelo o Brígido e mulher Joana Maria de Jesus, jornaleiros, moradores nesta mesma vila, na Rua Vasco da Gama. E logo pelos vendedores foi dito que estavam justos e contratados com o comprador a vender-lhe 3 quartas partes de um prédio, sito na Rua Vasco da Gama, desta vila, que compreende uma casa térrea de habitação, com seu quintal, metade de um poço e mais pertences, que confrontavam a norte com a dita rua, a sul com Margarida Lavada, a nascente com José Teiga e a poente, por onde termina em bico, a quarta parte restante deles vendedores, a qual tem uma parede que separa as partes vendidas, da parte dos vendedores, sendo, a parede pertencente aos compradores. A propriedade foi vendida pela quantia de 60 mil reis. A propriedade foi vendida com a condição dos vendedores poderem construírem uma pequena casa de habitação, na parte deles e, encostada à mencionada parede, não podendo ser a casa do vendedor ser mais alta que a do comprador. Os vendedores disseram ainda que a referuda propriedade encontrava-se hipotecada a Maria Rosa Airosa Paciência, pescadeira, desta vila, à garantia de 125 mil reis que ela lhes havia emprestado por escritura de 10 de Junho de 1895, quantia que já foi paga, ficando a dita escritura sem qualquer efeito, sendo que a credora, dá plena paga e quitação da referida quantia, assim como, autoriza o cancelamento de hipoteca, estando o referido prédio livre de qualquer encargo. Foram testemunhas presentes, António dos Santos Rato, casado, carpinteiro, João Leite Mónica, casado, carpinteiro, ambos residentes nesta vila, José Fernandes Parracho, solteiro, comerciante e João Catão, casado, carpinteiro, ambos também residentes nesta vila.