Scope and content
Escritura de compra, sendo intervenientes, Manuel Bernardo Balseiro, como comprador, viúvo, proprietário e, como vendedores, João Nunes Pinguelo Manica Júnior e mulher Maria Nunes da Fonseca, lavradores, todos residentes nesta vila de Ílhavo. E logo pelos vendedores foi dito que estavam justos e contratados com o comprador a vender-lhe a metade, do lado sul, de uma terra lavradia, sita no Chouso, que confrontava a norte com a outra metade pertencente à sua cunhada e irmã Joana Nunes da Fonseca e marido Luís dos Santos Bodas, a sul com Maria Rosa Roldoa, viúva, a nascente com os herdeiros de Bento Luís da Silva, todos de Ílhavo e a poente com caminho público, pela quantia de 60 mil reis. Os vendedores disseram ainda que a referida terra paga, em encargo de fiança, que os sogros dos vendedores haviam prestado, em face do inventário de Domingos Simões Teles, desta vila, na importância de 57 mil reis, que pelo mesmo inventário, ficou pertencendo ao menor José, e que a viúva Maria Inês havia levantado, mediante caução, a favor do dito menor, ficando por fiadores os sogros dos vendedores, os quais hipotecaram aquele prédio. Tendo isto em atenção e como garantia deste contrato e de quaisquer despesas que o comprador tenha que fazer com a referida hipoteca anterior, os vendedores hipotecaram a metade, do lado norte, de uma terra, sita no Passadouro, que confrontava a norte com João André Patoilo, a sul com a outra metade pertencente à sua cunhada e irmã, Joana Nunes da Fonseca, a nascente com estrada pública e a poente com Joana, viúva de João Dionísio, desta vila. Esta propriedade poderia render anualmente 6 mil reis e o seu valor é de 200 mil reis. Foram testemunhas presentes, José Manuel Rodrigues, solteiro, comerciante, residente nesta vila, Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário e José de Oliveira Pio, solteiro, lavrador, ambos residentes nesta vila.