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Escritura de compra, sendo intervenientes, José da Rocha Deus, como comprador, casado, lavrador e, como vendedores, Manuel António Santo e mulher Joana dos Santos Capela, lavradores, todos residentes nesta vila. E logo pelos vendedores foi dito que estavam justos e contratados com o comprador a vender-lhe um prédio que se compõe de casa térrea, com seu aido contíguo, árvores de fruto, pátio, eira, casa da eira, abegoarias e mais pertences, sito na Rua do Casal, que confrontava a norte com congosta pública, denominada a congosta da Ucha, a sul com Manuel Claro, desta vila, a nascente com a mesma congosta e a poente com a rua do Casal. A propriedade é foreira à Fazenda Nacional por extinção do Convento de Jesus de Aveiro, em 31 litros e 31 mililitros de trigo tremes, pagos anualmente, com laudémio de quarentena. A propriedade é vendida pela quantia de 200 mil reis. Os vendedores fazem esta venda com a condição de permanecerem no dito prédio até ao dia 30 de Setembro próximo e de que os frutos que o aido produzir, respeitantes somente à colheita pelo São Miguel, pertenceriam aos vendedores, que poderiam apanhá-los e recolhe-los pelo mesmo São Miguel, responsabilizando-se os vendedores a despejar o prédio vendido, no prazo de 8 dias, a contar do dia 30 de Setembro, bem como algum sinistro, como por exemplo, incêndio, que o prédio possa sofrer durante o período em que eles lá estiverem. Foram testemunhas presentes, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente em Ílhavo, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro e José Rodrigues, casado, lavrador, ambos também residentes nesta vila.