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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel Luís da Silva Manhã, solteiro, alfaiate, residente em Vale de Ílhavo de Cima, e o devedor Manuel Vieira Resende, viúvo, lavrador, residente nas Ribas Altas da Ermida, ambos da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. O devedor hipotecava um assento de casas, onde vivia, com seu aido lavradio contíguo e árvores de fruto, nas Ribas Altas da Ermida, da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Nunes Vidal, o Marto, do sul com Domingos Ferreira Jorge, cunhado do devedor, do nascente com rua pública e do poente com levada das azenhas. O prédio pertencia ao devedor por meação por óbito de sua mulher Joana Simões Palhôa, pelo cartório do segundo ofício, era alodial, rendia anualmente 12.000 reis e valia 400.000 reis. Hipotecava também uma terra lavradia, com árvores de fruto e poço, circuitada de [ilegível], pertencente ao prédio do lado norte e poente, que confronta do note com viúva ou herdeiros de Joaquim Marques da Silva Henriques, da Ermida, do sul com Herculano Ferreira de Matos, do nascente com caminho público e do poente com a rua pública do Soalhal, no local denominado “Cabeça do Boi” e ia entestar pelo poente na Rua do Soalhal. O prédio tinha a mesma proveniência do anterior, sendo onerado com o foro anual de 300 reis, pagos à Irmandade do Santíssimo e Almas de Ílhavo, rendia anualmente 6.000 reis e valia 200.000 reis. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, e João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo.