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Escritura de contrato ante-nupcial que fazem José Gonçalves Sarrico, viúvo, e Luísa da Rocha Deus, solteira, ambos maiores, residentes nesta vila de Ílhavo. Em 14 de janeiro de 1896.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0018/00001
Title
Escritura de contrato ante-nupcial que fazem José Gonçalves Sarrico, viúvo, e Luísa da Rocha Deus, solteira, ambos maiores, residentes nesta vila de Ílhavo. Em 14 de janeiro de 1896.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1896-01-14
Final date
1896-01-14
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 1-3
Content and structure
Scope and content
Escritura de contrato ante-nupcial, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante José Gonçalves Sarrico, viúvo, lavrador, e a segunda outorgante Luísa da Rocha Deus, solteira, lavradora, ambos residentes na vila de Ílhavo. O primeiro outorgante era filho de José Gonçalves Sarrico e de Ana Alves, falecidos à data da escritura, e a segunda outorgante era filha de António da Rocha Deus, falecido à data da escritura, e Rosa do Bem, da vila de Ílhavo. Os outorgantes concordaram em contrair matrimónio, com a condição de caso não houvesse filhos do matrimónio ou se os mesmos falecessem antes dos outorgantes, o casamento seria regulado pelo regime de inteira separação de bens presentes e futuros (comunhão dos bens adquiridos por título oneroso, durante a constância do seu matrimónio). O primeiro outorgante trazia os seguintes bens para o casal: os que provieram em legítima de seus pais, por escritura do tabelião de Aveiro Calisto , exceto um bocado de terra lavradia, em Verdemilho, próxima ao prédio de Joaquim Gonçalves de Oliveira, de aí, e a confrontar do nascente com estrada distrital, bocado esse que foi vendido a António Gonçalves Bartolomeu, do mesmo lugar, como consta da escritura feita por este tabelião de 1894/12/29; os bens que lhe pertenceram por falecimento de sua tia Luísa Alves, por inventário no cartório do quinto ofício da câmara de Aveiro; e os seguintes bens que adquiriu por compra: um prédio de casas de habitação e aido lavradio com árvores de fruto e poço com seu engenho, na Manga, na vila de Ílhavo, comprado aos herdeiros de José Maria Marcelo e mulher da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, na Chousa Velha, no local denominado “a Lobegada”, da freguesia de Ílhavo, comprada em hasta pública no tribunal de Aveiro pelo inventário de Luís Fernandes Matias, da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, contíguo àquele, na Lobegada, comprado a João Nunes Pinguelo Manica Júnior e mulher, da vila de Ílhavo; uma leira de terra lavradia, na Chousa Velha, comprada em hasta pública no tribunal de Aveiro, pelo inventário (por óbito) de Luísa Sarra, viúva de Pedro dos Santos Fradinho, da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, no [Selão], próxima à [frente] de Ílhavo, comprado a Manuel José dos Santos Requeira, falecido à data da escritura, da vila de Ílhavo; um pinhal, em Vale de Ílhavo de Cima, no local denominado Quinta do Pernica, limite da freguesia de Ílhavo, comprado a sua tia Luísa Alves, falecida à data da escritura; e outro pinhal, no mesmo sítio, próximo àquele, comprado à mesma sua tia, entrando também com uma junta de bois e carro de lavoura. A segunda outorgante levava para o casal os bens que possuía à data da escritura , que herdou de seu falecido pai António da Rocha Deus, constantes no inventário respetivo do cartório do terceiro ofício da comarca de Aveiro. O primeiro outorgante tinha um filho do seu anterior casamento com Joana de Jesus, de nome Manuel, com 8 meses, ao qual doava, dentro das força da terça dos seus bens dos seguintes bens imóveis: uma terra lavradia, na Cabeça do Boi, limita da vila de Ílhavo, a confrontar do norte e poente com António dos Santos Ribeiro o Maltez, do sul com Manuel Fernandes Borrelho, este de Ílhavo, e aquele da Ermida, e do nascente com caminho público, sendo alodial, valia 250.000 reis; uma terra lavradia, no mesmo sítio, a confrontar do norte com herdeiros de Manuel Nunes Pinguelo Paralta, da Ermida, do sul com Manuel Gonçalves Sarrico, da vila de Ílhavo, do nascente e poente com caminhos públicos, sendo alodial, valia 250.000 reis; e uma vessada lavradia, na Ladeira do Outeiro, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho público, do sul com Luísa Masmorra, do nascente com Manuel Gonçalves Sarrico e do poente com Manuel Fernandes Borrelho, sendo alodial, todos da vila de Ílhavo, valia 400.000 reis. A doação era feita desde que o doador tivesse o usufruto dos bens enquanto fosse vivo. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, residente na vila de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, e Alexandre maria Neves, casado, ferrador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
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