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Escritura de testamento, sendo interveniente, Domingos Manuel, viúvo, proprietário, natural de Oliveira do Hospital e residente no lugar da Ermida, desta freguesia de São Salvador de Ílhavo. E logo pelo outorgante foi dito, que era de sua própria e livre vontade, que fazia o seu testamento, da seguinte forma: quer que o seu funeral fosse feito conforme uso e costume desta freguesia de São Salvador de Ílhavo e pessoas de sua qualidade; quer que, no prazo de um ano após a sua morte, se mandem rezar missas por alma dele e quer ser acompanhado até à sepultura pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, da Ermida. Dispondo dos seus bens temporais declarou que foi casado, em primeiras núpcias, com Francisca Bernarda e, em segundas núpcias, com Ana Nunes, e que teve três filhos, somente do primeiro casamento, que são o Manuel dos Santos, solteiro, Maria Adelaide, casada, ambos residentes em Lisboa e Manuel António, solteiro, menor púbere, residente em São João do Campo. São estes os seus herdeiros nas duas terças partes dos seus bens, sendo-lhe, no entanto, ainda dispor livremente da terça parte restante, ele deixa e lega esta terça parte a Joana Gonçalves, solteira, lavradora, filha legítima de António Nunes Aires e de Maria Gonçalves, residentes no referido lugar da Ermida. Nomeia para sua testamenteira a mesma Joana Gonçalves. Foram testemunhas presentes, Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate, Herculano Ferreira de Matos, casado, barbeiro, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, Manuel da Rocha, viúvo, administrador do cemitério desta freguesia, todos residentes nesta vila de Ílhavo e João Martins Silvestre, casado, lavrador, residente no lugar da Ermida.