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Escritura de compra, sendo intervenientes, Josefa da Silva Cura, como compradora, mulher de Samuel de São Marcos, marítimo, ausente e ela, tecedeira, residente nesta vila e, como vendedor, o Reverendo Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, residente nesta vila. E logo pelo vendedor foi dito que estava justo e contratado com a compradora a vender-lhe um prédio que se compõe de casa térrea, com seu quintal contíguo, com árvores de fruto, poço e mais pertences, sito no Curtido de Espinheiro, que confrontava a norte com Joaquim Ferreira Serrão ou Joaquim Quintales e outros, a sul com Luís Domingues Magano, todos desta vila, a nascente com caminho público e a poente com Tomé Simões Machola e outro. A propriedade paga de foro anual, a José João da Rosa, das Ribas da Picheleira, 70 litros e 5 decilitros de milho. A propriedade rende anualmente 9 mil reis e foi vendida pela quantia de 300 mil reis. Os senhorios diretos da propriedade davam autorização para a referida venda. O vendedor disse ainda que a propriedade estava hipotecada a favor de Manuel António da Madalena, o Bonsucesso, casado, empregado na Fábrica da Vista Alegre, residente nesta vila, como garantia de 400 mil reis que ele lhe havia emprestado por escritura de 20 de Novembro de 1892, a qual fica sem efeito uma vez que o credor já foi reembolsado da referida quantia, dando neste ato plena paga e quitação da referida quantia, assim como, o cancelamento do registo de hipoteca, estando este prédio livre de qualquer encargo. Foram testemunhas presentes, José Augusto da Rocha Calisto, casado, proprietário, residente nesta vila, Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário e João Menício Tróia, casado, marítimo, ambos residentes nesta vila.